30 de maio de 2013 - 15h01
A adesão à greve dos médicos anestesistas do Hospital de Braga é de 94,7 por cento, tendo levado ao encerramento de 10 das 12 salas do bloco operatório, informou hoje o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
Segundo o SIM, de um total de 37 médicos anestesistas "não estão em greve apenas dois".
"De igual modo, várias especialidades cirúrgicas e médicas que dependem do apoio dos médicos anestesistas para a execução de exames complementares de diagnóstico estão a ser afetadas", acrescenta o SIM, em comunicado publicado na sua página na Internet.
Diz ainda que os serviços mínimos definidos pelo SIM "estão a ser respeitados, registando-se mesmo com isso uma mais-valia para os doentes que têm ao seu dispor (e de acordo com determinações da DGS que deixaram de ser respeitadas pelo Escala Braga desde 1 de março) uma Equipa de Dor Aguda".
O SIM manifesta a esperança de que esta greve "faça com que o Conselho de Administração do Hospital, a partir de segunda-feira, inicie um processo negocial sério que permita resolver os problemas identificados no serviço de anestesia".
Os anestesistas do Hospital de Braga, gerido em parceria público-privada entre Estado e o Grupo Mello Saúde, iniciaram hoje uma de greve de dois dias, contra o "excesso de recurso a tarefeiros" e "falhas" na gestão da unidade hospitalar, que podem "pôr em causa" a segurança dos doentes.
O diretor clínico do Hospital de Braga, Fernando Pardal, já afirmou hoje que "todas" as questões de segurança dos doentes daquela unidade "estão garantidas" e que a administração "não compreende" os motivos da greve.
Garantiu ainda que, em circunstâncias normais, "o Hospital de Braga não usa médicos tarefeiros".
Lusa