Segundo o dirigente nacional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Pedro Gonçalves, aquela é uma greve que pretende ainda "alertar" para os efeitos do cansaço dos enfermeiros na prestação de cuidados de saúde.

O SEP está a promover ações de luta por vários hospitais do país como forma de reclamar igualdade de horários para todos os enfermeiros, uma vez que uns cumprem a semana de trabalho de 35 horas, outros de 40, contratação de mais profissionais e o pagamento de horas extraordinárias, que em Barcelos chegam às 3 mil horas.

"As causas desta greve são comuns. O Governo assumiu a semana de trabalho de 35 horas para todos e depois foi apenas para quem tem vínculo à Função Publica, havendo no mesmo serviço quem cumpra 35 horas e quem cumpra 40", disse.

Falta de profissionais

A par da redução do número de horas de trabalho, os enfermeiros do hospital de Barcelos reclama a contratação de mais profissionais.

"Se com as 40 horas já há profissionais a fazerem horas a mais, com a passagem de alguns para a semana de 35 horas mais horas extraordinárias serão precisas, se se mantiver o mesmo número de profissionais", explicou.

Horas a mais que, alertou, podem ter consequências: "Se os enfermeiros não tiverem tempo para recuperar do desgaste, a qualidade dos cuidados de saúde pode ressentir esse cansaço", alertou.

A greve dos enfermeiros do Hospital de Barcelos termina sexta-feira.