Em declarações à Lusa, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, restaurantes e similares do Norte, Francisco Figueiredo, disse que “algumas cirurgias tiveram de ser adiadas”, uma vez que “nos serviços de internamento e de esterilização do bloco operatório os trabalhadores estão todos em greve, estando a ser assegurados apenas os serviços mínimos”.

Esta informação foi, entretanto, desmentida pela administração daquele hospital privado, que garante que o funcionamento do hospital não está a ser afetado pela greve e que todos os serviços estão a funcionar com normalidade, nomeadamente as consultas, os exames, os internamentos e as cirurgias.

“Neste momento, estão em greve 13 pessoas, num total de 230 colaboradores”, sublinhou fonte da administração, em declarações à Lusa.

O dirigente do sindicato dos trabalhadores de Hotelaria e similares do Norte disse aos jornalistas que “os trabalhadores estão indignados porque a empresa alterou um sistema de permutas, o que causa problemas de ordem pessoal e familiar, além de não estar a pagar os feriados de acordo com o contrato coletivo de trabalho, pagando apenas por metade”.

“Também não está a pagar o subsídio de turnos ou seja há muitos trabalhadores que não recebem subsídio de turno, a empresa paga uns meses e outros meses não paga, e criou aqui um clima de assédio de pressão no trabalho que é inaceitável”, acrescentou Francisco Figueiredo.

Em comunicado distribuído aos jornalistas, a administração esclarece que “o subsídio de turno foi sempre pago de acordo com a lei e as melhores práticas. Sobre este assunto existe um diferendo jurídico, quando ao pagamento de subsídio de turno em horário fixo, entre o Hospital de Santa Maria e a Autoridade das Condições de Trabalho, uma situação que se encontra neste momento em juízo no tribunal competente”.

Acrescenta que “logo que seja decretada uma decisão definitiva por parte do tribunal, esta será cumprida escrupulosamente pelo Hospital de Santa Maria”.

Relativamente ao pagamento dos feriados este “está a ser cumprido rigorosamente e em total concordância com o contrato coletivo de trabalho”.