Em greve há 13 dias e por tempo indeterminado, os técnicos de diagnóstico e terapêutica ameaçam deixar de atender os casos urgentes.

O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (SNTSSADT) alega que estão a ser classificados como tal situações que não são urgentes, "o que contraria todos os princípios em que assenta a legislação reguladora do direito e obrigações" deste tipo de protestos, escreve o jornal Público.

O presidente do SNTSSADT, Almerindo Rego, diz que há nos hospitais médicos a classificar como urgentes exames que não merecem esse tipo de classificação. "Têm-nos sido reportadas as mais variadas denúncias do uso e abuso do conceito de urgência, utilizado por médicos em serviços de consulta hospitalar", lê-se numa carta enviada pelo sindicato ao tribunal arbitral a que o referido jornal teve acesso.

Por isso, o sindicato vê-se “forçado a dar orientações aos grevistas para recusarem o atendimento de qualquer destes pedidos, por falta de fundamentação clínica”, ameaça o SNTSSADT.

Ministério da Saúde indisponível para resolver impasse

Para Almerindo Rego, é mais do que tempo do Ministro da Saúde dar explicações claras sobre um processo que se afigura como "grave e inqualificável embuste político". Acrescentando, "afirmarmos, objetivamente, não acreditar na vontade política do Ministério da Saúde para encerrar este processo e vamos endurecer as nossas formas de luta, sob pena de nos condenarem à irrelevância".

Na sexta-feira (25/11), 93% dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica deram o aval à continuidade da greve.

A adesão à greve manteve-se ontem, ao 13.º dia, na ordem dos 80%.

Os representantes dos trabalhadores chegaram a ter uma reunião marcada com o ministro da saúde, a 30 de novembro, que acabou por ser cancelada.

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