7 de maio de 2014 - 08h30
O ministro da Educação disse hoje no parlamento que será conhecida, dentro de semanas, a lista de todos os edifícios do ministério com amianto na sua estrutura, e que este ano serão removidas placas de fibrocimento em mais 150.
“Perante a estimativa que temos, nós disponibilizámos as verbas necessárias para que este ano sejam removidas as placas de fibrocimento que possam ser prejudiciais à saúde”, disse o ministro da Educação, Nuno Crato, aos deputados da comissão parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.
O ministro respondia a questões sobre a lista dos edifícios com amianto, prometida há vários meses, e ainda por divulgar.
“Teremos muito em breve a lista dos edifícios, na ordem das semanas”, garantiu o ministro que justificou o atraso com os mais de mil edifícios na dependência do ministério que tutela e com o número insuficiente de empresas especializadas para analisar todas as situações de presença de amianto nas estruturas.
Na passada semana a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pôs em causa os números do Governo sobre escolas sem amianto, afirmando que há casos onde “a remoção foi apenas parcial”.
O Ministério da Educação disse que tinham sido retiradas coberturas com amianto em 147 escolas, em 2013, e que vão começar obras com fim idêntico em mais 150 estabelecimentos de ensino.
Num comunicado divulgado após uma reunião com a organização ambientalista Quercus, a Fenprof disse que não foi ainda possível verificar a situação nas 147 escolas referidas pelo Governo, mas que já foi possível perceber que a remoção não foi concluída, “ao contrário” do que afirmou o Ministério.
Hoje, Nuno Crato desmentiu ainda no parlamento um aumento de direções-gerais no Ministério da Educação durante o seu mandato, depois de confrontado com afirmações nesse sentido do deputado socialista Acácio Pinto.
De acordo com o governante, que considerou “completamente fantasiosa a ideia de que aumentou o número de direções gerais”, o total de diretores-gerais baixou de 75 para 34, tendo ainda sublinhado algumas poupanças obtidas em consumos no ministério da Educação, como, por exemplo, na energia, nos serviços de vigilância ou produtos de limpeza.
Em 2013, o ministério terá poupado 11 milhões de euros nestes gastos.
Sobre a prometida devolução das verbas cortadas em excesso às universidades, que estas afirmam totalizar cerca de 30 milhões de euros, Nuno Crato voltou a reafirmar que acontecerá em sede de execução orçamental, “a tempo de evitar os problemas que possa trazer às instituições”.
Por Lusa