1 de fevereiro de 2013 - 09h24

O secretário de Estado anuncia que vão ser abertas mais vagas para o internato de medicina geral e familiar e alargado o recrutamento de médicos de família. Médicos aposentados também serão sondados.
O secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, disse na quinta-feira que vão ser abertas mais vagas para o internato de medicina geral e familiar e alargado o recrutamento de médicos de família.
Falando na abertura do 30.º encontro da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), que decorre em Aveiro, Leal da Costa disse que o Governo, embora reconheça ser difícil, não vai desistir do objetivo de cada utente ter o seu médico de família até ao final da legislatura.
"O nosso maior desafio é assegurar um médico nos cuidados primários de saúde a cada utente. Queremos dar um médico a todos os que o desejem, e sabemos que é muito difícil atingir esse desiderato até ao fim da legislatura, mas não desistiremos", afirmou.
Para o conseguir, o secretário de Estado anunciou que vão abrir "mais vagas para o internato de medicina geral e familiar", e será ampliado o recrutamento.

Todos os médicos, não apenas especialistas

"Pretendemos contratar todos os que puderem ser contratados e tenham as qualificações exigidas para o exercício das funções de médico de família, alargando o universo de contratação a todos os médicos e não apenas aos que acabam a especialidade", disse.
Leal da Costa adiantou ainda que o Governo está a trabalhar para criar condições de contratação para médicos portugueses que se tenham formado ou especializado no estrangeiro, assim como de médicos aposentados.
"Iremos, se necessário, contratar médicos aposentados, criando um regime legal para a sua contratação em horários parciais, até à reconstrução de um contingente de especialistas no ativo", esclareceu.

755 mil cartas enviadas 
Com o objetivo de minimizar o número de utentes ainda sem médico de família, está a ser feita a atualização das listas de utentes, mediante a verificação de inscritos. Até ontem foram enviadas 755 mil cartas para utentes do Serviço Nacional de Saúde.

SAPO Saúde Lusa