Em cima da mesa está ainda a possibilidade de criar outras linhas especializadas, como a sénior ou de cessação tabágica, prioritariamente nas vertentes pediátrica e da diabetes.

Estas ideias foram propostas pelo administrador da Linha Saúde 24, Luís Pedroso Lima, durante a apresentação dos resultados do Programa Saúde 24 Sénior e da Atividade da Linha Saúde 24.

Em resposta, o secretário de Estado afirmou que o Governo deve e pode estudar formas de dotar a linha Saúde 24 com um atendimento que pode ser de especialização e que complemente as respostas do Serviço Nacional de Saúde.

Para o “futuro”, Luís Pedroso Lima ambiciona atingir um universo de pessoas mais vulneráveis e com mais dificuldades de acesso e disse que gostaria que a linha pudesse ter uma orientação para “morbilidades prevalecentes”.

Para tal, considera necessário modernizar tecnicamente a linha para dar outras respostas mais avançadas e sugere a recriação da marca “Doi Doi Trim Trim” (a linha materno-infantil que esteve na génese da Saúde 24) ou a criação de linhas especializadas em doenças como a hipertensão e a diabetes.

Vertente pediátrica na mira

Sobre uma subespecialização da linha, Leal da Costa afirmou que, a haver, começará precisamente pela vertente pediátrica.

Quanto a aconselhamentos mais específicos para determinadas doenças, o governante não põe de parte que isso seja feito e adianta mesmo que em algumas áreas, como a diabetes, “poderá ser interessante ter um reforço de contacto sobre esta matéria”.

Outra proposta avançada por Luís Pedroso Lima foi no sentido de criar o conceito de teleconsulta, dando inicio a um projeto de consultas médicas telefónicas para quem não tem médico de família e enquanto não o tem.

Segundo Luís Pedroso Lima, 45% dos utentes que ligam para a Saúde 24 são encaminhados para centros de saúde, 13% dos quais se estima não terem médico de família (cerca de cem utentes por dia).

O objetivo é fornecer um serviço de consulta médica telefónica, em que os utentes sem médico de família triados na Saúde 24 seriam encaminhados para um centro de saúde virtual, onde médicos os atendessem adequadamente à situação: através da prescrição e medicamentos ou meios complementares de diagnóstico, visita domiciliária ou agendamento de consultas externas especializadas.

Para o secretário de Estado, esta é também uma proposta a ser estudada e desenvolvida.

“Não pomos de parte - bem antes pelo contrário - estudar com toda a atenção a possibilidade de alargar a linha saúde 24 a um contacto ainda mais especializado com um médico que fará os encaminhamentos que forem necessários. O nosso interesse é criar mecanismos para que o acesso a cuidados presenciais mais especializados possa ser ainda mais rápido”, afirmou.