15 de janeiro de 2013 - 15h18

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou terça-feira que “ainda há muito trabalho a fazer” em relação à ADSE, acrescentando que o Governo está a “estudar atentamente o sistema”, que “precisa de ser reformulado”.
“Há que analisar, há que estudar e ver serenamente os múltiplos impactos”, afirmou Paulo Macedo aos jornalistas, no final de um debate sobre o estado da enfermagem, que decorreu na Universidade Católica, no Porto.
Sem adiantar se a ADSE vai acabar, porque o Governo não vai agora “fazer declarações definitivas quanto ao fim” do sistema de proteção social dos trabalhadores em funções públicas, Paulo Macedo salientou que o objetivo dos estudos em curso é, necessariamente, a obtenção de “uma poupança para o Estado”.
“Temos de obter necessariamente uma poupança para o Estado, mas não é só isso. Há uma necessidade de aproximar benefícios e ver disparidades que existam, sabendo nós que parte dessas disparidades têm como base o pagamento adicional que os funcionários fazem, mas que não explica tudo”, acrescentou.
O ministro disse ainda que a ideia é “ver, com muito cuidado, benefício a benefício, o que é que se justifica ser diferente, se é que de facto se justifica”.
Paulo Macedo salientou que já foi “feito um grande trabalho de uniformização de tabelas”, com o objetivo de, em muitas áreas, “nivelar por aquilo que é mais económico para o Estado”, que permitiu à ADSE “ter ganhos consideráveis”.
Crise tem "impacto real na saúde"
O ministro da Saúde que é “claríssimo” que uma crise, com a dimensão da que estamos a viver, tem um “impacto real na saúde”, e “não precisa de vir nenhum grupo internacional dizê-lo”.
“Temos, por isso, de ter a certeza que a resposta em termos de cuidados primários é real e adequada, daí estarmos a reforçar esses cuidados, também na parte de saúde pública, com a vacinação de grupos de risco contra a gripe, e na área da saúde mental”, afirmou o ministro.
Segundo Paulo Macedo, “perante a crise, o que nós temos de ver é como é que lhe fazemos face, quais as áreas prioritárias para atuar; não necessitamos que nenhum grupo internacional nos venha dizer isto”.

SAPO Saúde com Lusa