“A Secretaria Regional de Saúde vai intensificar o plano de ação para a Dengue, que está ativo desde março de 2013, integrando toda a componente de vigilância entomológica e resultados de projetos desenvolvidos desde 2005, data de introdução e implementação do vetor Aedes aegypti na Madeira”, disse à Lusa fonte deste departamento do Governo Regional.

Segundo a mesma fonte, depois do surto registado em 2012, “desde fevereiro de 2014 que não há casos importados de dengue na Região e desde fevereiro de 2013 que não há casos de Dengue com origem na Região Autónoma da Madeira”.

As autoridades regionais de saúde destacam que uma das vertentes deste plano é a vigilância epidemiológica, sendo “uma doença de declaração obrigatória em Portugal”, reforçando que “a monitorização e a notificação dos casos suspeitos ou prováveis de dengue são mantidas através do sistema regional de notificação.

Outra vertente do plano é a vigilância entomológica, cujo ciclo decorre entre a décima semana de um ano civil e a nona do ano seguinte, que passa pela observação das mais de 200 armadilhas espalhadas pela região, para ovos e mosquitos adultos, que permitem avaliar “a situação do vetor Aedes aegypti em termos de densidade, localização e expansão territorial, bem como a possível interação entre atividade do vetor e o clima”.

Segundo os dados da Secretaria Regional de Saúde, “o ano 2015 apresenta-se, até à data, como aquele em que as armadilhas observadas mais vezes estiveram negativas, quando comparadas com 2013 e 2014”.

A mesma informação revela que “a variação entre 2015 e 2014 é de 140 por cento, o que quer dizer que, em 2015, as armadilhas observadas foram 12 vezes negativas, enquanto, em 2014, foram apenas 5 vezes negativas”

Também aponta que na comparação do total de ovos de mosquito capturados, regista “uma variação de menos 68 por cento em 2015, quando comparado com o ano 2014, sendo que em número absoluto, até à data foram capturados 259 ovos e em 2014 tinham sido coletados 799 ovos”.

A Secretaria Regional de Saúde da Madeira informa que a 15 de junho também serão enviadas amostras da população de mosquitos presentes na Madeira para, em parceria com o Instituto de Higiene e Medicina Tropical e o Instituto Pasteur de Paris, “serem avaliadas as suscetibilidades do mosquito aos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika” transmitidos pelo Aedes aegypti.

A retoma do diálogo intersetorial, a intensificação das parcerias com as autarquias e a divulgação nos meios de comunicação de medidas de prevenção, são algumas das medidas preconizadas pelas autoridades de saúde da região.