O sindicalista realçou que são necessários mais 400 enfermeiros no Serviço Regional de Saúde (SESARAM), mas ficou satisfeito com o compromisso assumido pelo secretário regional Manuel Brito, durante uma reunião de trabalho, de contratar pelo menos 70 profissionais a médio prazo.

Juan Carvalho anunciou também que o Governo madeirense está disposto a "desenvolver todos os mecanismos" para proceder à harmonização salarial dentro da classe.

"Há esta ideia e esta preocupação da Secretaria [da Saúde] de admitir, pelo menos, sete dezenas de enfermeiros para suprir as carências mais imediatas", afirmou o sindicalista, salientando que a falta de profissionais e a discrepância salarial são os problemas "mais graves" da classe na região autónoma.

Juan Carvalho disse ser inaceitável que o SESARAM tenha enfermeiros com a mesma formação e as mesmas competências a auferir salários diferentes: uns 1.040 euros, outros 1.201 euros ou mais.

"Não faz sentido nenhum manter esta diferenciação remuneratória entre enfermeiros", vincou, enaltecendo o compromisso assumido pelo secretário da tutela de procurar resolver estes problemas.

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira lembrou que o número de profissionais afetos a SESARAM passou de 2.200 em 2007, para 1.482 na atualidade.

"Esta grave carência de enfermeiros já põe em causa o normal funcionamento dos serviços, a segurança e a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados", alertou, explicando que a diminuição ficou a dever-se a dois fatores: reformas e emigração.