24 de fevereiro de 2014 - 14h01
Apesar de as vendas de medicamentos para a disfunção erétil terem disparado entre dezembro e janeiro, o comprimido azul que em 2006 revolucionou o mercado português parece ter sido ultrapassado pelos genéricos, que chegaram pela primeira vez às farmácias no fim de 2013, com o fim da patente do medicamento da norte-americana Pfizer. 
Só em dezembro, venderam-se mais de 30 mil embalagens do genérico, o que faz perder à Pfizer cerca de 36,3% de quota de mercado em termos de volume de vendas.
Ao todo, em dezembro foram vendidas 51.209 embalagens de medicamentos para a disfunção erétil, dos quais 8587 eram o fármaco da Pfizer, que ocupava o terceiro lugar na lista dos mais vendidos. 
Em janeiro as vendas voltaram a dispararar para as 85.261 embalagens e o próprio Viagra subiu para 9165, sendo que os genéricos venderam 30.350, revelam dados da consultora IMS Health.
Uma embalagem com quatro comprimidos na dose mais baixa fica agora a 15 euros, metade do preço antes de haver genérico.
O sildefanil, prinícipio ativo do Viagra, já tinha sido destronado nas vendas há muito tempo, com a entrada no mercado nacional de dois produtos concorrentes: o Cialis (tadalafil) e o Levitra (vardenafil).
Entretanto, a Pfizer informou que vai produzir um genérico que concorre com o Viagra e não será azul. 
Entre 2006 e 2013, o medicamento vendeu mais de um milhão de embalagens e o laboratório facturou mais de 36 milhões, só em Portugal.
SAPO Saúde