O presidente do GAT, Luís Mendão, disse à agência Lusa que o racionamento de preservativos externos (masculinos) e internos (femininos), bem como as embalagens de gel lubrificante começou em 2011.

A situação terá mesmo agravado em 2015 e, este ano, o número de embalagens fornecidas ao GAT para distribuição, como prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), ficou muito aquém das necessidades.

“O que acontece é que os últimos preservativos de 2015 só chegaram agora, em agosto de 2016”, e mesmo assim, muito menos do que os necessários.

Luís Mendão referiu que, em 2015, o GAT distribuiu 1,2 milhões preservativos, apesar de ter a capacidade de distribuir 1,5 milhões. “Precisamos pelo menos de mais 100 mil”, disse.

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A título de exemplo deste “racionamento”, Luís Mendão indicou que foram solicitados 110 mil preservativos por mês, mas que apenas foram entregues 25 mil. A situação ainda é pior no caso da distribuição de gel lubrificante: “Devíamos receber 75 mil embalagens e recebemos cerca de 2.000”, disse.

Contactado pela agência Lusa, o diretor-geral da Saúde afirmou que “a situação já foi desbloqueada”. “Muito em breve os concursos para aquisição de novos lotes de preservativo serão lançados”, disse Francisco George.

Para o GAT, “o acesso ao material de prevenção sexual é um dos pilares mais básicos e mais barato de qualquer estratégia de prevenção”, adianta o seu presidente.

Com Lusa