Em comunicado, o presidente da SPG afirmou que, “apesar da elevada eficácia dos tratamentos disponibilizados desde há cerca de um ano se cifrar em cerca de 95%, os doentes com insuficiência renal e/ou hemodialisados, muitos deles portadores de infeção pelo vírus da hepatite C, ainda estavam, devido ao seu problema clínico e às limitações dos fármacos até agora disponibilizados, impedidos de ser tratados eficazmente para a sua doença do fígado”.

Este anúncio governamental repõe a equidade de acesso que deve existir, ao mesmo tempo que permite aos médicos gastrenterologistas que tratam esta doença adequar o tratamento em função do doente em causa, melhorando a eficácia, que é o objetivo final”, prossegue o comunicado.

A conclusão do processo de avaliação da parte do organismo que regula o setor do medicamento foi revelada pelo ministro da Saúde, em declarações aos jornalistas no final da sua intervenção numa conferência em Lisboa sobre “Sustentabilidade na Saúde”.

Em causa estão medicamentos para insuficientes renais, nomeadamente os que se encontram a fazer hemodiálise, e que estão igualmente infetados com a hepatite C, cuja comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem estado a ser avaliada, nomeadamente pelo Infarmed.

Até à conclusão deste processo, mais de 80 doentes receberam os fármacos através de pedidos de autorização de utilização especial (AUE), submetidos pelos hospitais ao Infarmed.

Fonte do Infarmed disse à Lusa que o processo de avaliação com vista à comparticipação do medicamento está concluído.

Segundo o ministro da Saúde, as conclusões das negociações serão anunciadas em breve.