1 de outubro de 2013 - 10h26
 A Fundação Europeia Astellas concedeu 150 mil dólares a uma equipa de especialistas de Coimbra para prosseguir um estudo sobre o cancro da bexiga, disse hoje à agência Lusa a investigadora Célia Gomes.
A investigação pretende “avaliar o efeito anti-tumoral da terapia adotiva com células NK” (natural killer) no “tratamento do carcinoma da bexiga”, disse a investigadora do Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental (LFTE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)/Instituto Biomédico de Investigação da Imagem e Luz (IBILI) e coordenadora do estudo.
Focando-se principalmente na “capacidade de eliminar as células estaminais cancerígenas” e de “identificar os mecanismos subjacentes à morte celular induzida pelas células NK” (também conhecidas por “células exterminadoras”), os especialistas utilizam “um modelo animal clinicamente relevante e com elevado potencial translacional para uso clínico”, revelou Célia Gomes.
“Pretendemos com este trabalho vir a contribuir para o desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica baseada na imunoterapia com potencial de aplicação no tratamento do carcinoma da bexiga”, sintetizou a investigadora.
O apoio de 150 mil dólares (cerca de 110 mil euros) da Fundação Astellas foi atribuído no âmbito de um concurso ao qual a equipa de investigadores concorreu e venceu, entre um total de 67 projetos candidatos, oriundos de 18 países.
Aquele montante “vem na hora certa”, pois “vai permitir avançar para uma nova fase do trabalho”, sublinhou Célia Gomes, que acredita que a investigação em curso pode vir a “ter grande relevância” na “terapia adotiva com células NK”.
Concedido este ano pela primeira vez, o apoio concedido complementa a subvenção anual da Fundação Europeia Astellas para Urologia Funcional/Uro-Ginecologia, atribuído anualmente desde 2006.
Além de Célia Gomes, a equipa que está a desenvolver o projeto “Terapia adotiva com células NK tendo como alvo as células estaminais do carcinoma da bexiga: impacto na progressão tumoral utilizando um modelo animal ortotópico humanizado”, integra Flávio Reis do LFTE da FMUC/IBILI, Margarida Teixeira, doutoranda em Ciências da Vida da FMUC, Belmiro Parada, do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Paulo Santos, do Instituto de Imunologia da FMUC, e Christian Munz, do Instituto de Imunologia Experimental da Universidade de Zurich.
Lusa