1 de novembro de 2013 - 14h11
Dezenas de utentes da Unidade de Saúde de Azevedo, que serve nomeadamente o Bairro do Lagarteiro, no Porto, estão concentrados no local a protestar contra o encerramento daquele serviço público a partir de segunda-feira.
Os utentes afirmaram à Lusa terem sido surpreendidos esta manhã com um aviso colocado à porta da unidade que refere que a partir de segunda-feira, inclusive, vai ser suspensa a atividade assistencial na unidade "por motivos relacionados com a segurança do edifício e como medida de precaução".
Como alternativa, os utentes deverão deslocar-se às unidades de saúde familiar do Ilhéu ou de S. Roque da Lameira.
A unidade serve a zona de Azevedo-Campanhã, que abarca o Bairro do Lagarteiro, onde na quinta-feira a EDP procedeu ao corte de dezenas de ligações ilegais de eletricidade.
Liliana Almeida, de 32 anos, moradora do Lagarteiro, pediu logo pela manhã o livro de reclamações da unidade de saúde, onde escreveu um protesto que desde as 08:00 até às 12:20 foi subscrito por cerca de 310 utentes.
Os moradores reclamam contra o facto de não terem sido avisados previamente desta decisão, considerando que "isto é uma enorme falta de respeito".
Criticam ainda não estar no local nenhum médico que possa explicar os motivos desta decisão.
O vereador da CDU Pedro Carvalho, que se deslocou ao local, criticou o facto de a população ter sido surpreendida esta manhã com a decisão de encerramento da unidade, considerando que a Câmara do porto tem de dizer alguma coisa sobre o assunto.
"A maioria Rui Moreira/Manuel Pizarro apontou durante a campanha esta zona oriental da cidade como prioritária", recordou o autarca comunista, lamentando que a freguesia de Campanhã conte com cada vez menos serviços públicos.
Pedro Carvalho adiantou que o grupo parlamentar do PCP vai apresentar hoje um requerimento ao Governo questionando esta decisão.
Lusa