31 de julho - 11h50

O grupo farmacêutico suíço Novartis anunciou hoje resultados
promissores para um novo tratamento contra a malária, atualmente em fase
de testes.

Num estudo publicado no New England Journal of
Medicine, a Novartis apresenta resultados mostrando que o tratamento,
chamado KAE609, “faz desaparecer rapidamente o parasita em pacientes
contagiados com paludismo com Plasmodium falciparum (P. falciparum) e
Plasmodium vivax (P. vivax), sem complicações”.

A Novartis está
em vias de desenvolver dois novos medicamentos anti-malária, uma doença
que mata todos os anos mais de 600 mil pessoas, a maioria crianças
africanas.

Estes tratamentos, chamados KAE609 e KAF156, tratam o paludismo de forma diferente das terapias atuais.

“A
Novartis está envolvida de forma duradoura na luta contra o paludismo e
estamos determinados a prosseguir a pesquisa e desenvolvimento de novos
medicamentos, tendo em vista a eliminação desta doença, um dia”,
declarou o diretor geral da farmacêutica, Joseph Jimenez.

Por
outro lado, o responsável do Instituto Novartis para as doenças
tropicais, Thierry Diagana, considerou que o KAE609 “é um medicamento
que poderá verdadeiramente alterar o jogo da luta contra o paludismo”.

O
laboratório suíço atribuiu ao KAE609 o estatuto de projeto prioritário
devido ao seu potencial único de administração sob a forma de associação
medicamentosa numa toma única, acrescentou.

Em junho de 2012, 21
pacientes infetados por um dos dois tipos de parasitas que causam o
paludismo participaram num estudo clínico em Banguecoque e Mae Sot,
perto da fronteira entre a Tailândia e a Birmânia, onde foi verificada
uma resistência aos medicamentos atuais.

Os investigadores
observaram um desaparecimento rápido dos parasitas em pacientes adultos
infetados com malária por P. vivax e P. falciparum, incluindo os que
mantinham parasitas resistentes depois de receber o novo tratamento.

No ano passado, a Novartis forneceu mais de 600 milhões de tratamentos a preço de custo aos países onde a malária é endémica.

Lusa