A notícia é avançada esta quinta-feira (26/01) pelo Diário de Notícias.

Nos últimos dois anos, mais de metade das 1710 vagas abertas para colocar médicos de especialidades em hospitais e centros de saúde carenciados ficaram por preencher.

Em 2015 e 2016 abriram centenas de vagas para médicos no sul do país, mas mais de metade ficou por preencher. A esperança destas regiões reside, agora, nos novos incentivos para fixar estes profissionais, já promulgadas pelo Presidente da República.

Ao abrigo do novo decreto-lei, os médicos que aceitem trabalhar nas regiões carenciadas recebem mais e têm hipóteses de dias de férias. Os profissionais vão receber 36 mil euros, em vez dos 21 mil, e vão poder tirar 11 dias consecutivos de férias.

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Das 437 vagas abertas para a zona sul, 324 ficaram por preencher. A região mais afetada é o Alentejo, que abriu 230 vagas e não teve candidatos para 180 delas (o correspondente a 74%). Segue-se o Algarve, onde 144 vagas de 207 ficaram vazias.

As especialidades mais afetadas são anestesiologia, medicina geral e familiar, medicina interna e psiquiatria, no Alentejo, e anestesiologia, ginecologia, medicina interna e ortopedia, no Algarve.

Ainda de acordo com o Diário de Notícias, na zona de Lisboa e Vale do Tejo ficaram por preencher 389 vagas de um total de 855, enquanto na zona centro ficaram vazias 177 das 418 vagas disponíveis.

Entre as unidades mais afetadas na zona de Lisboa e Vale do Tejo estão os centros hospitalares do Oeste, Médio Tejo, Setúbal, Barreiro/Montijo e os agrupamentos de centros de saúde do Arco Ribeirinho, Arrábida e Sintra.