Em comunicado, o autarca considera que "a situação não é nova" e, neste momento, "66 por cento da população do concelho de Salvaterra de Magos está sem médico de família, sendo o problema minimizado pelos médicos estrangeiros contratados", que a autarquia tem ajudado a fixar, nomeadamente, com a oferta de alojamento.

O problema, segundo Hélder Esménio, assenta na "recente saída de um médico que dava consultas no centro de Saúde de Salvaterra de Magos" e a "entrada de outro que, entretanto, pediu para sair em regime de mobilidade".

No comunicado, é sublinhado que "as extensões de saúde de Glória do Ribatejo (que serve as populações de Glória, Granho e Muge e onde estão duas médicas estrangeiras contratadas para um total de 5.500 pessoas) e Foros de Salvaterra (onde está um médico reformado a meio tempo para 5.000 utentes) poderão vir a encerrar por falta de médicos".

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Já o centro de saúde de Salvaterra de Magos "poderá vir a funcionar parcialmente com apenas um médico" (para cerca de 5.500 utentes), é ainda referido no documento.

A Câmara de Salvaterra de Magos manifesta no documento a sua "profunda desilusão" pelo facto de a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo ter aceitado “a mobilidade de médicos de família que foram colocados no concelho” e refere, ainda, que o concelho "não tem merecido a devida atenção por parte do Instituto Nacional de Emergência Médica" (INEM).

"A primeira ambulância do INEM colocada no concelho tinha 14 anos de vida e foi substituída por uma que veio já com nove anos, encontrando-se muitas vezes inoperacional e deixando a nossa população entregue ao socorro de ambulâncias do INEM sediadas em concelhos vizinhos", critica o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.