A fadiga ocular começou a ser mais diagnosticada quando os computadores pessoais se tornaram comuns. "As causas diretas da fadiga visual digital são o uso excessivo de dispositivos digitais, como computadores, smartphones, tablets e televisões, o que provoca sintomas como a secura ocular, cansaço, dor de cabeça, dificuldade em focar, lacrimejar excessivo e vermelhidão", refere o Grupo Português de Ergoftalmologia da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia em comunicado.

Segundo o médico Fernando Trancoso Vaz, deste grupo de trabalho, a síndrome da fadiga ocular é responsável por um número crescente de queixas de desconforto e cansaço ocular (astenopia) que motivam uma observação numa consulta de Oftalmologia.

"Além dos profissionais que trabalham maioritariamente com computadores, os jovens, millennials e jogadores de videojogos são  os mais afetados por este problema. Duas horas em frente a ecrãs é suficiente para que os utilizadores fiquem em risco de sofrer estas dificuldades devido a um período de tempo prolongado de trabalho a uma distância de leitura tão próxima", alerta o especialista.

Segundo o Grupo Português de Ergoftalmologia, atualmente mais de 50% dos jovens entre os 18 e os 34 anos passam nove horas ou mais por dia com dispositivos digitais.

Manter o foco nestes dispositivos cria stress no sistema acomodativo do olho, o que pode levar ao cansaço e outros sintomas de fadiga visual digital. O desconforto relacionado com o uso de dispositivos digitais está muitas vezes relacionado com a secura ocular e estes utilizadores têm uma taxa de pestanejo reduzida enquanto olham para os monitores, o que resulta em alterações na película lacrimal normal.

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