28 de janeiro de 2013 - 16h33
Existe uma relação clara entre a exposição a pesticidas, ingeridos através dos alimentos, ar ou água, e a prevalência da diabetes tipo 2 em pessoas adultas, revela um estudo da Universidade de Granada, em Espanha.
Também designada de diabetes não insulinodependente ou do adulto, a diabetes tipo 2 corresponde a cerca de 90 por cento dos casos da doença.
Num artigo publicado no último número da revista “Environmental Research”, os cientistas demonstram que as pessoas com maiores concentrações do composto químico DDE, principal metabolito do pesticida DDT, têm um risco quatro vezes maior de desenvolver diabetes do tipo 2, do que as que apresentam níveis mais baixos, informou a agência noticiosa espanhola EFE.
Os pesticidas (poluentes orgânicos persistentes, POP) tendem a acumular-se na gordura do corpo humano, tendo os cientistas analisado um grupo selecionado de POP no tecido adiposo de 368 adultos que recorreram aos hospitais de San Cecílio de Granada e de Santa Ana de Motril.
A prevalência da diabetes aumentou significativamente nas últimas décadas, calculando-se que, em 2030, atinja 4,4 por cento da população mundial.
Lusa