5 de fevereiro de 2014 - 17h16
A presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução defendeu hoje que o novo tratamento para a infertilidade, com dose equivalente a sete dias de medicação e que está disponível no mercado desde janeiro, é uma "alternativa real" entre as terapêuticas comparticipadas.
Teresa Almeida Santos explicou à agência Lusa que esta inovação consiste numa injeção única, "equivalente a sete dias de medicação", que tem "resultados idênticos", com a vantagem de evitar as injeções diárias do tratamento padrão.
Desde o início do ano, as mulheres portuguesas com problemas de infertilidade podem optar pelo novo tratamento "destinado a estimular a ovulação", o qual "é mais cómodo e tem o mesmo preço" da terapêutica até agora disponível, adiantou.
Em Portugal, onde cerca de 10% dos casais são inférteis, a compra do tratamento, baseado numa injeção única de "corifolitropina alfa", tem uma comparticipação de 69% do Estado, a mesma comparticipação dos restantes fármacos usados para a infertilidade.
"A comparticipação deste novo fármaco permitirá uma melhor acessibilidade dos casais a esta alternativa terapêutica de administração mais cómoda", segundo a diretora do Serviço de Reprodução Humana do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que integra o Centro de Procriação Medicamente Assistida.
Para Teresa Almeida Santos, "a grande vantagem deste tratamento reside numa comodidade superior e na sua facilidade de administração".
Os medicamentos tradicionalmente utilizados no tratamento da infertilidade baseiam-se na injeção de sete doses ao longo de uma semana, sublinhou.
SAPO Saúde com Lusa