30 de setembro de 2013 - 15h47
Um terço das pessoas com mais de 65 anos e metade das que têm mais de 80 sofrem por ano uma queda, sendo esta uma das principais causas de lesão nos idosos, mas cair não é uma inevitabilidade decorrente da idade.
A tese é defendida pela presidente da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho (UMinho), Isabel Lage, que considera que as quedas podem ser evitadas através de ações como exercícios regulares de força e equilíbrio, apoiados por profissionais.
Segundo a investigadora, a frequência com que ocorrem quedas de idosos leva "muitos cidadãos a pensar, erradamente, que estas situações são uma consequência inevitável de envelhecer".
Aquela escola superior da UMinho está envolvida numa investigação para introduzir as melhores práticas de prevenção de quedas e intervenções simples junto dos mais velhos.
A investigação demonstra que o risco de quedas aumenta se a pessoa tiver um historial de problemas de mobilidade, utilizar meios de ajuda para caminhar ou se tiver diminuída a sua condição física devido a enfarte, Parkinson, demência ou artrite.
Este risco pode aumentar ainda mais se a pessoa toma quatro ou mais tipos de medicamentos, tem medo de cair, padece de incontinência, problemas de visão, de força física ou equilíbrio.
Os cientistas sublinham que os idosos podem minimizar o tempo em que permanecem sedentários durante longos períodos.
Os adultos devem manter-se ativos 10 minutos ou mais por dia, perfazendo duas horas e meia por semana, podendo por exemplo procurar um ginásio ou associação e consultar as autoridades de saúde sobre sessões que melhorem a força e o equilíbrio.
Os que estão condicionados fisicamente devem participar em atividades após a consulta de um profissional.
Na terça-feira, celebra-se o Dia Internacional do Idoso e pretende-se consciencializar idosos, familiares e organizações do setor para o tema das quedas.
Lusa