A propósito do anúncio do ministro da Saúde, que quarta-feira disse estar prestes a renegociar o preço das colonoscopias, que classificou de excessivo, a Europacolon mostrou-se “preocupada” e defendeu que a intenção do Ministério da Saúde “pode prejudicar gravemente o cidadão”.

A dificuldade ou até impossibilidade do acesso ao diagnóstico e o comprometimento das promessas do ministro da Saúde relativamente à realização em 2016 de um Rastreio de Base Populacional ao Cancro do Intestino são algumas das consequências que a Europacolon receia que esta medida possa trazer.

“Esta medida da tutela é incongruente, numa altura em que se fala na realização de um rastreio de base populacional. A nossa maior preocupação é o cidadão e o acesso à realização de um exame de diagnóstico fundamental para o rastreio de um cancro que mata 11 portugueses por dia”, disse o presidente da Europacolon, Vitor Neves.

Reconhecendo as “dificuldades na gestão do orçamento do Ministério da Saúde em Portugal”, a Europacolon considera que “não pode, nem deve ser, a contínua e crescente suborçamentação dos cuidados em oncologia em Portugal, o foco principal da diminuição das despesas em Saúde”.

“O cancro do intestino é um dos tumores malignos que mais mata em Portugal e, segundo dados recentes do Registo Oncológico Nacional, é o tipo de cancro que mais tem vindo a aumentar na população portuguesa, com 8.000 novos casos anuais. No entanto, o cancro do intestino tem cura em 90% dos casos, se detetado a tempo”, relembra Vítor Neves.