Um estudo publicado na semana passada no jornal científico "Scientific Reports" do grupo "Nature" analisou durante um mês o ritmo circadiano de 61 estudantes da Universidade de Harvard e comparou esses dados com o seu desempenho académico.

De acordo com o estudo, os investigadores descobriram que apesar de todos os estudantes terem dormido o mesmo número de horas, os participantes que tinham um padrão de sono regular eram os mais bem sucedidos face aos que tinham horas de deitar e levantar irregulares.

"Os nossos resultados revelam que adormecer e acordar aproximadamente ao mesmo tempo é tão importante quanto o número de horas que se dorme. A regularidade do sono é um fator potencialmente importante e modificável, independentemente da duração do sono", comenta Andrew Phillips, principal autor do estudo, numa nota de imprensa adjacente à investigação.

Os investigadores concluem que cumprir um padrão de sono é fundamental para estabilizar o ritmo circadiano - o sistema que controla a fome, sono e outros mecanismos biológicos.

"Descobrimos que o relógio do corpo sofreu alterações de quase três horas nos estudantes com horários irregulares", acrescenta Charles Czeisler, outro dos autores, que adianta que os resultados do estudo são aplicáveis também no mundo do trabalho.

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