O acordo assinado esta quinta-feira em Coimbra, no âmbito do programa via verde do AVC (acidente vascular cerebral), vai garantir uma "agilização de meios", tornando mais rápida a integração de doentes em programas de reabilitação no CMRRC, afirmou o presidente do Rovisco Pais, Vitor Lourenço.

Segundo o diretor do serviço de neurologia do CHUC, este protocolo vem assegurar um alargamento da via verde do AVC ao Rovisco Pais, garantindo uma "transferência seletiva de doentes" para reabilitação naquele espaço, face à não existência de internamento no CHUC para estes utentes.

"Vai resolver muitos problemas", assegurou, recordando que até agora os doentes poderiam esperar cerca de dois meses para entrarem num programa de reabilitação do Rovisco Pais, passando a sua entrada a ser imediata.

A diretora clínica do CMRRC, Paula Amorim, sublinhou que a integração precoce num programa de reabilitação garante maiores probabilidades de uma recuperação máxima das mazelas que o AVC provoca.

Até ao momento, muitos dos doentes, que "precisam de uma continuidade de cuidados", "ficavam num impasse para a reabilitação", notou.

O projeto-piloto, que será revisto ao final de 12 meses de funcionamento, pretende tratar doentes com AVC moderados ou graves e com possibilidades de melhorias.

Alguns dos critérios para a integração no Rovisco Pais estão relacionados com um certo nível de funcionalidade para os doentes poderem melhorar e capacidade de tolerância a um programa de reabilitação integral, que decorre até os ganhos poderem ser adquiridos em serviço de ambulatório.

O presidente do conselho de administração do CHUC, Martins Nunes, realçou que este protocolo reforça a colaboração entre hospitais da região Centro, garantindo que "todos os doentes tenham a mesma possibilidade de recuperar".