Nenhum estudo comprovou até ao momento que o poliuretano, um material sintético que está a ser utilizado nas escolas como alternativa ao amianto, tem efeitos cancerígenos.

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A garantia é dada pelo diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direcção-Geral da Saúde (DGS), Nuno Miranda, em declarações ao jornal Público. "Não tenho sequer dados internacionais sobre um grau provável de efeito cancerígeno dos poliuretanos", diz.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o produto também não é considerado perigoso.

Nuno Miranda admite, porém, que alguns estudos mostram "alguma toxicidade" do poliuretano em testes de laboratório, mas tal não está demonstrada em humanos.

O poliuretano está a ser utilizado para substituir as coberturas das escolas com amianto, cuja utilização está proibida em Portugal desde 2005 porque a exposição a este elemento está associada a casos de cancro.

As placas de amianto já foram substituídas em pelo menos 300 escolas de todo o país-

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Ontem, ao Público, a coordenadora da Quercus — Associação Nacional de Conservação da Natureza, Carmen Lima, garantiu que o poliuretano, além de ser "altamente inflamável", tem componentes que "são cancerígenos".

Na lista da Agência Internacional de Investigação em Cancro (IARC, na sigla internacional), o poliuretano surge no grupo 3, ou seja o dos elementos menos perigosos. Para este organismo da Organização Mundial de Saúde, não existe nenhum tipo de indicação de que o poliuretano tenha propriedades cancerígenas em seres humanos.