Esta investigação é um dos temas que concentra o interesse dos 400 cientistas que participam no XXVIII Congresso Nacional da Sociedade Espanhola de Arteriosclerose, a decorrer desde terça-feira em Logronho, Espanha, e que termina na sexta-feira.

Segundo Luis Masana, catedrático de medicina na Universidade Rovira e Virgili, de Tarragona, esta nova técnica apresenta “muitas vantagens” no que diz respeito aos parâmetros utilizados atualmente pelos médicos para caracterizar o risco de enfarte ou cardiovascular dos pacientes, noticia a agência Efe.

Luis Masana afirmou que esta tecnologia, que possibilita mais do que a simples medição do colesterol, estava implantada há muitos anos no Japão e em Nova Iorque, mas que agora foi melhorada do ponto de vista tecnológico.

O colesterol, afirmou Luis Masana, "não depende só das suas concentrações, mas também da forma como se agrega ao plasma", orginando as lipoproteínas, que "podem variar em tamanho, concentração e forma", acrescentando que, "até agora não era possível determinar estas particularidades" e que com esta nova técnica obtem-se uma visão mais ampla e, sobretudo, melhoria da deteção do risco cardiovascular num paciente.

Durante o congresso, Masana, destacou ainda a oportunidade que os médicos têm de utilizar esta técnica, que “não é excessivamente cara”, é muito prática e dá uma imagem clara do que ocorre com a gordura do sangue.

Durante o congresso trataram-se diferentes aspetos relacionados com a arteriosclerose, que se origina quando o excesso de colesterol que circula no sangue tende a depositar-se nas paredes das artérias, explicou à Efe o presidente do comité organizador deste encontro científico, Ángel Bre, referindo que, em função da localização das artérias afetadas, esta doença origina variados problemas, como, por exemplo, anginas de peito, enfartes do miocárdio, tromboses cerebrais, doença arterial periférica, aneurisma aórticos, isquemia intestinal, entre outros.

Este conjunto de processos domina-se doenças cardiovasculares ateroscleróticas.

A Organização Mundial de Saúde estima que 4,4 milhões morram no mundo por ter níveis de colesterol total elevados.