19 de setembro de 2014 - 12h30
Um erro humano pode estar na origem da morte de mais de 16 crianças sírias após uma campanha de vacinação contra a rubéola na zona rebelde do norte do país.
"Os relatórios privilegiam a hipótese de um erro humano, usou-se atracúrio em vez do dissolvente utilizado com a vacina", informa Ahmad Tohme, chefe do governo interino da oposição no exílio, em comunicado.
O atracúrio é uma substância utilizada na anestesia geral.
Tohme informou ainda que já está em curso uma investigação para esclarecer se o erro, cometido em centros de vacinação da região de Idleb, controlada pelos rebeldes, era de natureza criminosa ou negligencial.
O governo interino da oposição "pediu a detenção de toda a equipa que participou na campanha de vacinação", composta por voluntários sírios.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos confirmou na quinta-feira que 16 crianças morreram na sequência da campanha de vacinação.
"A dose de atracúrio utilizada em uma anestesia é de 0,5 miligramas por quilograma (do peso da pessoa) e a aplicada em cada criança foi de 5 miligramas", segundo um relatório citado por Tohme. "Esta dose é suficiente para paralisar os órgãos das crianças com menos de 10 kg".
Segundo Ahmad Tohme, 62 crianças escaparam à morte.
Por SAPO Saúde/AFP