Na última semana, registaram-se 187 mortos e 37.808 novos casos de pacientes com sintomas, o que se supõe ser a primeira descida dos contágios desde o início da epidemia, no passado dia 27 de abril.

Contudo, no seu boletim informativo semanal, a OMS adverte que a aparente descida dos contágios deve ser interpretada “com cautela” pois os dados são incompletos nalguns distritos do país, que está em guerra.

As regiões mais afetadas, que concentram 49,3% dos casos, são Sanaa, as províncias costeiras de Al Hudaidah e Hayah, ambas na costa oeste, e Amram, a norte da capital. A epidemia já alastrou a 85% do território do Iémen, principalmente nas zonas controladas pelos rebeldes.

Em 41,3% dos casos de possíveis contágios e 29,4% das mortes correspondem a menores de 15 anos de idade, segundo a OMS.

As infraestruturas sanitárias no Iémen estão muito afetadas pelo conflito armado entre os rebeldes, que controlam Sanaa e o noroeste do país, e as forças governamentais.

A população do Iémen enfrenta também a fome, fator que contribui para a mortalidade por cólera, uma vez que quem está subnutrido é mais vulnerável aos sintomas, entre eles vómitos e diarreia aguda.

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