"Fundamentalmente, querem perceber como a doença se propaga e tomar medidas de prevenção para a sua não repetição e recomendar procedimentos que permitam encontrar, analisar e eliminar as causas potenciais", afirmou a diretora dos Cuidados de Saúde, Maria Tomé Palmer.

Segundo o diecionário médico, a celulite necronizante, "mais popularmente conhecida como "bactérias devoradoras de carne", é uma infecção bacteriana que progride rapidamente e possui alta mortalidade geralmente causado por Streptococcus beta-hemolíticos. As bactérias penetram as camadas mais fundas da pele e tecidos subcutâneos, espalhando-se rapidamente pelas fáscias superficiais e tecido subcutâneo".

Com um aparecimento registado há cerca de oito meses, esta epidemia de celulite necrotizante já afetou varias centenas de pessoas, estando as autoridades sanitárias a fazer "uma combinação de antibióticos" e mel de abelha para tratar a doença.

Maria Tomé Palmer, que falava a jornalistas durante o briefing quinzenal sobre a doença sublinhou que "o facto de não se conhecer qual é o agente causador desta doença, não significa que não se tem conseguido tratá-la".

Segundo a mesma responsável, foi criado um laboratório no Hospital Ayres de Menezes, em São Tomé, onde estão a ser realizados estudos, "um na vertente da biologia molecular e outro na de microbiologia". "Paralelamente decorrem estudos clínicos, isto é estudos de casos e estudo epidemiológicos. Todos eles concorrem para a identificação de agentes presentes na celulite necrotizante em São Tomé e Príncipe", declarou Maria Tomé Palmer.

O Governo são-tomense "tranquiliza a população, garantindo que não há motivo para alarmismos grosseiros", disse, adiantando que "o resultado até agora obtido tranquiliza as autoridades, na medida em que sugerem estar próximos de agentes desencadeantes da celulite necrotizante".

Maria Palmer disse ainda que a quantidade de pessoas infetadas pela enfermidade "está a diminuir", mas não avança números.

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