11 de julho de 2013 - 16h20

Os primeiros ensaios clínicos em doentes de cancro com um fármaco
português devem começar após o verão, em setembro ou outubro, disse hoje
à agência Lusa o diretor-geral da empresa Luzitin, que está a
desenvolver o medicamento.

“Neste momento, o processo para
aprovação do primeiro ensaio clínico em seres humanos está a ser
avaliado pelo Infarmed [Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de
Saúde], que deverá demorar cerca de dois meses a pronunciar-se, pelo
que prevemos ser possível iniciar essa fase a partir de setembro,
outubro”, explicou Luís Almeida.

O LUZ11 é o nome de código do
medicamento português para o tratamento de cancro que, caso seja dada
luz verde pelo Infarmed, será ensaiado no hospital Cuf Porto.

Luís
Almeida, que é também sócio-fundador da Blueclinical, explicou que,
apesar de esta empresa inaugurar na sexta-feira uma Unidade de Ensaios
Clínicos de Fase I, no Porto, a opção por realizar os ensaios numa outra
unidade deve-se ao facto de ser necessário um bloco operatório.

No
ano passado, em declarações à agência Lusa, Paulo Barradas rebelo, o
presidente da Bluepharma, empresa de Coimbra que atua na área dos
genéricos e que possui participações na Luzitin e na Blueclinical,
expressou a sua convicção de que seria possível licenciar o LUZ11 em
2015.

O tratamento oncológico pelo fármaco que está a ser
desenvolvido pela Luzitin é feito através da terapia fotodinâmica, uma
forma de tratamento de tumores, cancros e outras deformações de tecido,
usando luz e compostos fotossensíveis, em combinação com o oxigénio
contido no tecido.

Lusa