De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a carência destes profissionais no Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC) “está a provocar o caos em vários serviços”, sendo disso exemplo os cerca de 100 turnos que ficaram por preencher em agosto no Hospital de S. José, bem como as mil horas extraordinárias acumuladas na unidade de neurocirurgia e cerca de 2.000 na enfermaria da neurocirurgia.

Na Maternidade Alfredo da Costa houve a necessidade de encerrar temporariamente duas camas dos intensivos da neonatologia e quatro das intermédias, e o serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia está a funcionar com menos cinco enfermeiros por turno, o que se situa abaixo das recomendações mínimas estipuladas pela Ordem dos Enfermeiros.

Veja ainda: As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos

Leia também: As formas mais constrangedoras de ir parar ao hospital

No Hospital D. Estefânia foram temporariamente reduzidas duas camas na neonatologia.

Esta situação levou a que os enfermeiros do CHLC reunissem centenas de assinaturas num abaixo-assinado a ser entregue no Hospital S. José, com as exigências da admissão de mais enfermeiros e de dotações seguras, que permitam a prestação de cuidados aos utentes com qualidade e segurança.

“É urgente a contratação de mais enfermeiros para os seis hospitais que compõem o CHLC”, afirma o SEP, acrescentando que “a falta de profissionais há muito é denunciada e combatida” pelo sindicato e pelos daquela instituição.