"As enfermeiras incluídas na equipa em apreço deslocaram-se a pé aos domicílios por vontade própria, uma vez que o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) lhes disponibilizou uma viatura para o efeito", refere a ARSN, em comunicado.

Hoje, duas enfermeiras da unidade de cuidados na comunidade (UCC) do Centro de Saúde de Vila Verde foram fazer os domicílios a pé, num protesto contra a falta de motoristas e assistentes operacionais.

Segundo Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, aquelas duas profissionais terão caminhado cerca de 15 quilómetros, pelo que, "por falta de tempo", iriam fazer apenas dois dos cerca de 10 domicílios que teriam na escala.

No comunicado, a ARSN acrescenta que já foi determinada a instauração do respetivo inquérito, com vista a apurar se a prestação de cuidados de saúde foi colocada em causa.

Refere ainda que a contestação apenas se está a verificar no concelho de Vila Verde.

"A ARSN regista e agradece o cumprimento, na íntegra, dos compromissos assumidos pelas demais equipas de apoio na comunidade, nomeadamente no que respeita à colaboração dos profissionais de enfermagem", lê-se ainda no comunicado.

Para a ARSN, e "de acordo com a informação veiculada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses", o protesto de hoje "tratar-se-á de ação de propaganda sindical".

Nessa informação, o sindicato refere que, "sem qualquer justificação", o diretor executivo do ACES retirou os motoristas que estavam alocados" àquela UCC, proibiu que as assistentes sociais conduzissem as carrinhas e mobilizou uma enfermeira para outra unidade.

"Na UCC de Vila Verde deveriam estar 13 enfermeiros, mas estão 8", acrescenta.