O médico Francisco Morgado, do Hospital Lusíadas Lisboa, revela que "em alguns casos, é possível prevenir a morte súbita, basta seguir as mesmas recomendações que são indicadas na prevenção do enfarte cardíaco, uma vez que, na sua grande maioria, a morte súbita está associada à doença coronária".

"O tabagismo, a hipertensão, a diabetes, o colesterol, o excesso de peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o enfarte do miocárdio e outras manifestações da doença coronária", acrescenta o cardiologista.

"Ainda assim, é preciso relembrar que a morte súbita pode igualmente estar ligada a doenças hereditárias e, nesses casos, é muito mais difícil diagnosticar o problema. A morte súbita pode ainda ocorrer, por exemplo, em pessoas saudáveis, como os atletas de competição. Estes casos estão relacionados com doenças do músculo cardíaco ou com distúrbios primariamente elétricos do coração, que podem provocar arritmias, que são fatais para o atleta", alerta o especialista.

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Relativamente ao diagnóstico destas situações, os rastreios, que incluem eletrocardiograma e ecocardiograma, podem ajudar a identificar os doentes com risco acrescido.

Doenças cardiovasculares são principal causa de morte

"Quando os doentes de risco são identificados, devem ser referenciados para a especialidade de Cardiologia e pode ser prevenida a ocorrência da morte súbita através da implantação de desfibrilhadores. Estes aparelhos são cruciais, uma vez que disparam quando detetam arritmias potencialmente malignas", esclarece Francisco Morgado.

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal.

Os sintomas mais frequentes das doenças cardiovasculares incluem dor no peito, falta de ar, tosse seca, fadiga, tonturas, desmaio, alterações dos batimentos cardíacos e edemas das pernas e pés.