Para alcançar estes resultados foram avaliadas 1.600 pessoas na faixa etária dos 52 aos 97 anos, sendo que cerca de 41% dos voluntários eram homens. O estudo demonstra também que os indivíduos que praticam exercício físico, pelo menos uma vez por semana, têm menos 32% de risco de sofrerem de perda auditiva comparativamente com as pessoas que levam um estilo de vida sedentário.

"A relação entre estes dois problemas de saúde já era expectável, uma vez que o aumento da idade e o estilo de vida já representam, por si só, condições propícias ao aparecimento de ambos. É de conhecimento geral que o avanço da idade potencia o risco de aparecimento de perda auditiva e de ocorrência de um acidente vascular cerebral, e que a condição física bem como o estilo de vida de cada pessoa influencia diretamente a sua saúde auditiva", refere Pedro Paiva, audiologista da MiniSom.

"As conclusões deste estudo servem para alertar a população, em especial a mais idosa, para a necessidade de realizar exames de rotina regulares, avaliar frequentemente o estado da audição, e optar por um estilo de vida saudável que se traduza num envelhecimento ativo", relata o especialista.

O ruído é a principal causa de perda auditiva: mais de 1/3 dos adultos com 65 anos de idade sofre do problema e estima-se que este valor aumente nos próximos anos, também nas faixas etárias mais novas. Colocar o volume da televisão ou rádio demasiado alto, pedir constantemente às pessoas para repetir o que disseram, “gritar” ao telefone são alguns dos sintomas da perda auditiva. Graças à evolução tecnológica, 90% dos casos que procuram ajuda atempadamente têm, hoje em dia, uma solução simples e acessível.