14 de agosto de 2014 - 12h35
O governo de São Tomé e Príncipe ordenou ao ministério da saúde que solicite a peritagem e especialistas a Portugal e à Organização Mundial da Saúde (OMS) para lidar o doença de Ébola, indica um comunicado do governo.
"O ministério da Saúde e Assuntos Sociais deve encetar diligências junto dos nossos parceiros de desenvolvimento para solicitar peritagem e especialistas sobre a doença, nomeadamente a OMS e a Direção Geral de Saúde de Portugal", refere um comunicado do Conselho de Ministros distribuído hoje a imprensa.
O diretor dos Cuidados da Saúde, Pascoal de Apresentação, afastou na quarta-feira a possibilidade do país encerrar a fronteira marítima com os países vizinhos, onde o vírus do Ébola está a afetar várias pessoas.
"A questão do fecho da fronteira não é recomendado pela OMS, o que vamos fazer nesta fase de pré-epidemia é redobrarmos o sistema de vigilância, sobretudo ao nível dos passageiros que entram no nosso país provenientes de outros países da nossa sub-região", disse Pascoal de Apresentação.
O governo refere também que uma equipa de peritos da OMS "está a caminho de São Tomé e Príncipe para apoiar as autoridades sanitárias nacionais no estabelecimento de um plano de prevenção da epidemia de Ébola".
O comunicado refere ainda que o governo decidiu criar um "cordão sanitário" nos portos e aeroportos do arquipélago com vista a prevenir a epidemia de Ébola.
"O governo deliberou criar um cordão sanitário nas zonas portuárias e aeroportuária, bem como sessões de formação ao pessoal ligado a esses serviços", refere o comunicado que considera o arquipélago como estando muito "vulnerável perante tamanha ameaça à saúde pública".
O conselho de ministros que se reuniu de “emergência e em sessão extraordinária" optou igualmente pela "identificação urgente de um espaço de isolamento para tratamento de possíveis casos de doentes suspeitos ou portadores da doença".
"O governo deve estabelecer contactos com os laboratórios de referência da sub-região em Yaoundé, nos Camarões, e Franceville [Gabão] para o envio de possíveis amostras a serem recolhidos no país", acrescenta o comunicado do governo de São Tomé e Príncipe.
Na reunião ficou igualmente decidido levar a cabo "uma intensa campanha de sensibilização e informação na comunicação social", distribuindo "cartazes e brochuras para mudança de comportamentos e práticas de gestos saudáveis".
Por Lusa