13 de agosto de 2014 - 12h49
As autoridades de Saúde da Madeira definiram o centro de saúde do Porto da Cruz, no norte da ilha, como a unidade de isolamento para um eventual caso de Ébola na região e decidiu comprar equipamento de proteção para técnicos.
Estes foram aspetos abordados numa reunião agendada para hoje, mas que foi antecipada para terça-feira, entre os responsáveis do Instituto de Administração de Saúde da Madeira (IASAUDE) e o Serviço Regional de Saúde (SESARAM), visando preparar a região para “dar resposta a algum caso suspeito via fronteiras marítima ou área”, disse à agência Lusa a vice-presidente do IASAUDE, Ana Clara Silva.
A responsável referiu que a coordenação local num eventual caso é da responsabilidade do SESARAM, através da unidade de Doenças Infeciosas, que “definiu dentro do plano de emergência qual o seu melhor circuito”.
Esta entidade selecionou o centro de saúde do Porto da Cruz, no concelho de Machico, uma unidade que estava programada para doentes de longa duração, ainda não utilizada que permite garantir as condições de isolamento completo, como ‘centro de crise’.
Quanto ao material, Ana Clara Silva diz ser importante desmistificar a imagem de que é imprescindível o uso pelos técnicos do macacão com cobertura da cabeça, apontando que as medidas determinadas referenciam que pode ser utilizado em alternativa material que está disponível para criar o ‘kit de proteção’, como a máscara com respirador de partículas e as duplas luvas.
Contudo, mencionou que o SESARAM fez o inventário do equipamento necessário e “tem a consciência do material preciso”, admitindo a comparticipação do IASAUDE, na aquisição de equipamento.
O SESARAM considerou na reunião que a Madeira também deve dispor desse equipamento com isolamento total, dada a agressividade do vírus, pelo que pretende adquirir os fatos que podem estar na região brevemente.
Ana Clara Silva defende que a região deve estar preparada, visto que “a probabilidade de acontecer um caso de Ébola nunca é zero, embora seja baixíssima, porque procedimentos estão perfeitamente definidos em matérias de fronteiras”.
Os últimos dados da Organização Mundial de Saúde dão conta que mais de mil pessoas morreram na sequência de uma epidemia de Ébola em África ocidental, tendo sido confirmados 1.849 casos de infeção, a maioria deles na Guiné-Conacri, na Líbéria, Serra Leoa e Nigéria.
Por Lusa