12 de agosto de 2014 - 11h40
O cadáver do padre Miguel Pajares, falecido hoje devido ao vírus do Ébola, será “selado e incinerado” sem ser autopsiado para evitar a propagação da doença, de acordo com o regulamento da Polícia Sanitária da Comunidade de Madrid.
O manejo “post morten” de um corpo infetado com Ébola proíbe a autópsia devido “à alta carga viral dos fluidos corporais” e deve ser realizado “por pessoal treinado”, não estando prevista qualquer preparação do cadáver, disseram hoje à agência noticiosa espanhola EFE fontes sanitárias.
Em relação às medidas de controlo ambiental, a norma é a limpeza com desinfetantes de uso hospitalar das superfícies potencialmente contaminadas e a queima da roupa ou objetos que tenham estado em contacto com o corpo. 
O padre Miguel Pajares, infetado com o vírus Ébola, morreu hoje no hospital Carlos III, em Madrid, disseram fontes sanitárias à agência noticiosa espanhola EFE.
Miguel Pajares chegou na quinta-feira passada a Madrid, depois de ter sido repatriado da Libéria, onde contraíu a doença.
A epidemia de febre hemorrágica Ébola, que afeta a região da África Ocidental, já fez mais de mil mortos, em 1.848 casos suspeitos, de acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, atualizado na noite de segunda-feira.
Foram registados 11 novos casos e seis mortos na Guiné-Conacri, 45 novos casos e 29 mortos na Libéria, e 13 novos casos e 17 óbitos na Serra Leoa, não tendo sido registados novos casos ou vítimas mortais na Nigéria.
Por Lusa