A administração de uma dose de qualquer das duas vacinas Vesiculovax assegura proteção completa aos macacos Rhesus contra a estirpe Makona da Guiné-Conacri, que causou o atual surto de Ébola sobretudo em três países: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria.

As vacinas produzem “uma redução notável” da viremia (nível de um vírus presente na corrente sanguínea de um ser vivo) associada ao espetro de ação da vacina, em comparação com uma anterior versão das mesmas, “o que eventualmente poderá traduzir-se numa maior segurança e reduzidos efeitos adversos em seres humanos”, lê-se no estudo.

O surto altamente letal do Zaire Ebolavirus (Zebov) fez quase 10.000 mortos na África Ocidental, e o principal objetivo foi criar uma vacina preventiva que possa garantir uma proteção rápida contra o vírus com uma dose única.

Próxima fase inclui testes em seres humanos

Os espetros de muitas vacinas mostraram potencial para proteger primatas contra o Zebov e algumas passaram nos testes para serem experimentadas em seres humanos.

No entanto, ainda há dúvidas sobre se estas vacinas podem oferecer proteção contra a atual estirpe Makona do Zebov, refere o estudo.

Uma equipa dirigida por Thomas Geisbert desenvolveu e testou duas vacinas experimentais de segunda geração com um vírus do Zebov ainda mais atenuado.

Durante os ensaios, dez macacos, dos quais só oito vacinados, foram infetados com a estirpe Makona, 28 dias depois de terem recebido uma só dose das vacinas.

Nenhum dos macacos que receberam uma das duas vacinas experimentais sucumbiu à doença.

Segundo o estudo, estes resultados “poderão encorajar os esforços” para identificar e fabricar vacinas eficazes e mais seguras para combater tanto o atual foco do Ébola como outros que possam ocorrer em África futuramente.