“Nas duas situações não estão a ser cumpridos os parâmetros de análise de acordo com a legislação para poderem ser usufruídas”, afirmou Eduardo Cunha Vaz.

A vice-presidente da Câmara da Ribeira Grande, Tânia Fonseca, explicou que a Direção Regional dos Assuntos do Mar enviou um ofício “a alertar para a necessidade de fechar a praia do Monte Verde, porque tinham sido detetados, através das análises que são feitas periodicamente de monitorização da água na orla costeira, micro-organismos nocivos para a saúde pública”.

Explicando que a placa com a interdição foi colocada na segunda-feira, Tânia Fonseca adiantou que a mesma direção regional pediu ao município da ilha de São Miguel que tentasse identificar a causa de tais valores e que fossem tomadas medidas corretivas.

“Temos aquela praia com um problema potencial, pois aí desagua uma ribeira”, afirmou a vereadora, referindo, por outro lado, que recentemente a autarquia arrancou com a obra da ponte na frente mar da cidade.

Esta exigiu “escavações e que se mexesse com terras que funcionavam como um filtro natural de resíduos trazidos pela água da ribeira”, esclareceu, acreditando que terá sido esta situação também a desencadear o problema.

Segundo Tânia Fonseca, esta situação só estará “solucionada a 100% com esta obra, que inclui a construção de uma pequena estação de tratamento de águas residuais”.

A vice-presidente da Câmara da Ribeira Grande esclareceu ainda que o município aguarda o resultado de novas análises, que deverá ser conhecido no início da próxima semana, para decidir sobre o eventual levantamento da interdição, seja total ou parcial da praia do Monte Verde.

No caso da praia do porto de pescas de Porto Formoso, “o problema, embora semelhante, não é tão grave”, acrescentou Tânia Fonseca.

Veja ainda: Já pode mergulhar na única praia no meio de Lisboa