"Nós podemos ser a geração que vai acabar com a epidemia de opioides", disse Trump num evento na Casa Branca, que contou com a presença de ex-dependentes, pais de vítimas de overdose e especialistas em tratamento.

"Ainda vai demorar muitos anos, ou até décadas, para resolver esse flagelo na nossa sociedade", mas "trabalhando juntos vamos vencer esra epidemia de opioides", afirmou Trump. "Nós vamos libertar a nossa nação do terrível problema do consumo de drogas", acrescentou.

Trump disse que a agência federal de alimentos e medicamentos (FDA) já solicitou que um "opioide de risco especialmente alto", que ele não nomeou, seja retirado do mercado imediatamente.

O Presidente dos Estados Unidos ameaçou ainda apresentar "processos contra pessoas e empresas que estão a prejudicar o povo", sem mencionar nomes.

Trump afirma que abordará a questão do fentanil - um opioide sintético culpado por muitas das mais de 60.000 mortes de overdose por ano nos Estados Unidos e produzido na China - com o presidente Xi Jinping quando ele visitar Pequim, no final deste ano. "Vou mencionar isso como uma prioridade máxima e ele fará algo".

Promessas antigas

Desde que se tornou presidente, em janeiro, Trump prometeu repetidamente declarar uma "emergência nacional" para combater o consumo de opioides, como Percocet, OxyContin, heroína e fentanil.

Em vez de declarar a epidemia de opioides uma "emergência nacional", o presidente anunciou uma "emergência nacional de saúde pública". Uma emergência nacional dá aos estados acesso a fundos federais de socorro em desastres, mas altos funcionários do governo disseram que uma declaração de emergência de saúde pública seria mais apropriada.

A declaração não fornece nenhum financiamento federal adicional para enfrentar a crise, mas as autoridades disseram que a Casa Branca deverá canalizar mais dinheiro para o tema através do Congresso.

A declaração de emergência de saúde pública dura 90 dias e pode ser renovada repetidamente.

Segundo a comissão, que é liderada pelo governador de Nova Jérsia, Chris Christie, cerca de 150 americanos morreram todos os dias de overdose em 2015, superando o número de óbitos em acidentes de trânsito e crimes com armas de fogo.

Dois terços destas mortes foram decorrentes do consumo de opioides como Percocet, OxyContin, heroína e fentanil, revelou a comissão.

Os analgésicos prescritos e a heroína contribuíram para cerca de 60.000 mortes por overdose nos Estados Unidos em 2016, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, de acordo com uma estimativa compilada pelo The New York Times.