17 de junho de 2014 - 13h55
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Douro Norte vai criar um gabinete de crise para agir com celeridade durante os alertas vermelhos para o calor extremo que sejam lançados para os sete concelhos deste território.
O diretor executivo do ACES Douro Norte, Armando Vieira, disse hoje que este gabinete de crise é a novidade que este ano integra o “Plano de Contingência Específico para as Temperaturas Extremas Adversas”.
“O gabinete funcionará quando existir um alerta vermelho para darmos respostas imediatas”, salientou.
Os concelhos de Alijó, Peso da Régua, Mesão Frio, Murça, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa e Vila Real registam normalmente temperaturas muito altas durante o verão.
Segundo Armando Vieira, no ano passado houve dois dias de alertas vermelhos neste território e, sempre que se verificam temperaturas excessivas, há também um aumento da afluência aos serviços de saúde e de mortes associadas ao calor.
Em 2013, verificou-se um excesso de 1.684 óbitos no país de alguma forma ligados ao calor e, só a região norte, registou um aumento de 41% de mortalidade.
Armando Vieira salientou que o plano visa reduzir o número de mortos associados às elevadas temperaturas e quer preparar o território para agir o mais rapidamente e em rede em caso de necessidade.
O documento identifica ainda os grupos mais vulneráveis, como as crianças, idosos, acamados, doentes mentais e pessoas que vivem isoladas e prepara uma rede de locais de abrigo para recolher a população em caso de necessidade, bem como os meios de transporte necessários para o efeito.
Nos centros de saúde dos sete concelhos do Douro Norte, estão inscritos 1.298 crianças com menos de um ano e 12.419 pessoas com mais de 75 anos.
A reação é feita consoante os graus de alerta, que vão desde o verde, o amarelo ao vermelho.
O plano prevê ações de informação à população, com incidência nos mais idosos, e de alerta para a ingestão de líquidos conselhos relacionados com o vestuário e envolve todos os agentes locais.
“Temos aproximadamente 120 mil pessoas nos nossos concelhos e não conseguimos chegar a todos, por isso recorremos a corporações de bombeiros, câmaras, forças policiais, IPSS, paróquias ou meios de comunicação social”, salientou o responsável.
Armando Vieira referiu que é preciso “utilizar todas as ferramentas possíveis para estar junto daqueles que mais precisam”.
Por Lusa