31 de maio de 2014 - 07h01
O portal do utente conta com um milhão de pessoas registadas, tendo já beneficiado dos seus serviços mais de 894 mil utentes, uma utilização que ainda está aquém das expectativas do Ministério da Saúde.
Quando faz dois anos da sua criação, a utilização deste portal de saúde “está ainda longe das expectativas”, o que é justificado com “algum alheamento da população em geral, sobre a vantagem a retirar destes serviços disponíveis online”, disse à Lusa Olga Silva, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
“Marcar uma consulta online, com a vantagem de não ter que se deslocar ou esperar em filas, evitando gastos desnecessários, é um benefício fornecido pelo Portal do Utente, que ainda não foi entendido por grande parte dos utentes”, explicou.
No entanto, a marcação de consultas online é a funcionalidade mais utilizada pelos utentes, embora também recorram a benefícios como pedido de isenção de taxas moderadoras e pedido de renovação de medicação crónica.
Para fazer face à dificuldade que os utentes sentem em utilizar a plataforma, a SPMS tem feito campanhas, designadamente em blogs e redes sociais, e estabeleceu uma parceria com o Ministério da Educação, para levar informação até às escolas secundárias que permita aos jovens ajudarem os avós, pais ou amigos a registarem-se.
O portal do utente conta ainda com uma média diária de acessos de 18 mil profissionais de saúde.
No sentido de divulgar mais a utilização da plataforma e melhorar a sua utilização, a SPMS vai promover nos meses de junho e julho vários workshops destinados aos profissionais de saúde.
O portal do utente conta ainda com funcionalidades como o e-boletim infantil, que emite alertas aos pais sobre as datas das consultas e vacinas dos filhos.
Foi já criado o cartão de saúde para pessoas com doenças raras, que poderá vir a ser pedido através desta plataforma, mas que ainda se encontra em fase piloto.
Olga Silva adiantou ainda que vai ser apresentado em breve um novo portal - o Portal dos Profissionais de Saúde - constituído por uma área não autenticada, disponível na internet, e uma componente autenticada, à qual terão acesso apenas os profissionais de saúde, devidamente autorizados pelas respetivas ordens profissionais.
Na componente não autenticada do Portal dos Profissionais de Saúde será possível encontrar notícias, legislação e normas, orientações, estatísticas, publicações e links úteis, acrescentou.
Por Lusa