O número de óbitos por doenças respiratórias foi tendo aumentos quase constantes entre 2007 e 2012, mas em 2013 assistiu-se a um decréscimo de 10% em relação ao ano anterior, com um total de 12.611 mortes.

Em 2014 voltaram a registar-se menos mortes, num total de 12.147, mais de 6.200 em homens e cerca de 5.800 nas mulheres.

Dentro das doenças respiratórias, as pneumonias são as patologias que mais mortes provocam, contribuindo com 46% para a mortalidade respiratória. Ainda assim, a taxa padronizada de mortalidade por pneumonias registou uma redução de 23,5% em 2013 em comparação com dados de 2009.

Tem decrescido igualmente a taxa padronizada de mortalidade por bronquite, enfisema pulmonar e outras doenças pulmonares obstrutivas crónicas.

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Já a asma, que tradicionalmente tem taxa de mortalidade reduzida, não tem sofrido variações significativas desde 2007.

Em termos comparativos com outros países europeus, Portugal apresenta uma das mais elevadas taxas de mortalidade padronizada por pneumonia, mas uma das mais reduzidas por asma e doença pulmonar obstrutiva crónica.

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As doenças respiratórias crónicas, que constituem a terceira causa de morte em Portugal depois das cardiovasculares e do cancro, são a quinta principal causa de internamento e a primeira causa de mortalidade intra-hospitalar.

Como principais recomendações, o relatório “Doenças respiratórias em números – 2015” sugere o aumento da taxa de cobertura vacinal contra a gripe, sobretudo acima dos 65 anos, incrementar a taxa de cobertura para a vacina contra as infeções pneumocócicas e melhorar a acessibilidade à terapêutica da cessação tabágica após a alta para todos os fumadores internados por doenças respiratória.