Este ano, a Semana Internacional da Tiroide, que tem lugar de 25 a 30 de maio, vai centrar-se no hipotiroidismo, doença em que a glândula tiroide tem um funcionamento anómalo e reduz significativamente a produção da hormona tiróidea.
As consequências do hipotiroidismo podem levar a anemia, uma descida da temperatura corporal e insuficiência cardíaca. Os casos mais graves provocam coma e até complicações que podem ser mortais, como respiração lenta que provoca convulsões, diminuindo a corrente sanguínea cerebral.

Mulheres grávidas, pessoas com mais de 50 anos, mães recentes e em menopausa estão nos principais grupos de risco, que também incluem pessoas com histórico familiar de tiroidite autoimune ou que sofrem de outra doença autoimune, portadores de síndrome de Down ou Turner, pacientes com cirurgia à tiroide ou com tratamentos de iodina radioativa e pessoas expostas a raios x ou radioterapia na zona do pescoço e da cabeça.

A relevância do iodo no combate às doenças da tiroide
Um dos principais fatores de risco para o aparecimento de alterações da função da tiroide é o défice de iodo. As mulheres grávidas constituem um dos grupos de elevado risco de carência deste mineral, uma vez que, na gravidez, a produção da hormona tiroideia aumenta cerca de 50%, levando a uma necessidade acrescida de aporte de iodo.

Em 2013, a Direção-Geral da Saúde (DGS), após análise de estudos realizados em Portugal pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e pela Universidade do Minho, que apontaram para uma carência em Iodo na mulher grávida, recomendou suplementação com 150-200 μg por dia de iodeto de potássio as mulheres em preconceção, grávidas ou a amamentar. Uma necessidade essencial que, no entanto, não é satisfeita pela maioria das grávidas. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 83% das grávidas portuguesas não ingere uma quantidade suficiente de iodo, acabando 5% por desenvolver hipotiroidismo durante a gravidez. A carência de iodo é mencionada como a principal causa mundial de atraso mental na criança e estima-se que cerca de 13% da população mundial seja afetada por doenças causadas pela falta deste micronutriente.

No final de 2014, num universjavascript:void(0)o de 85 mil grávidas em Portugal mais de 20 mil encontravam-se a fazer suplementação com iodeto de potássio. Contudo, especialistas afirmam que existe ainda um longo caminho a percorrer, dado que o objetivo é o de aumentar o número de mulheres portuguesas a tomar iodeto de potássio e estender a suplementação ao período de preconceção e aleitamento pois, de acordo com o endocrinologista Dr. Jácome de Castro, “a promoção da saúde e a prevenção da doença passam, sobretudo, por atuar precocemente para evitar consequências futuras”.

A tiroide, uma das glândulas mais importantes do corpo humano, responsável por regular o metabolismo e por assegurar o bom funcionamento do organismo, pode ter associada várias doenças, como o hipotiroidismo, hipertiroidismo, tiroidite, nódulos da tiroide, e cancro da tiroide. Das várias doenças da tiroide, o hipotiroidismo e o hipertiroidismo são as mais frequentes, com especial incidência no sexo feminino.

No hipotiroidismo, doença central na celebração da Semana Internacional da Tiroide, a produção de hormonas diminuiu provocando sintomas como fadiga, intolerância ao frio, memória enfraquecida, aumento de peso mesmo com dieta equilibrada e exercício, depressão, ritmo cardíaco baixo, obstipação, períodos menstruais anormais e/ou problemas de fertilidade, dores nos músculos e articulações, cabelo e unhas fracos e quebradiços, queda de cabelo, pele seca, escamosa e pálida e diminuição da libido