Rita Flores, oftalmologista e secretária geral da SPO, refere que "a degenerescência macular relacionada com a idade resulta numa afeção degenerativa da mácula, área da retina responsável pela visão central (visão de leitura, reconhecimento de faces, pequenos objetos, etc). Não tratada, a degenerescência macular resulta numa perda progressiva de visão central, sendo que, de uma forma geral, é poupada a visão ambulatória. Os sintomas iniciais desta doença são a deformação da imagem (metamorfopsia) e a dificuldade na leitura".

Sendo a causa mais frequente de baixa de visão em doentes acima dos 50 anos nos países desenvolvidos, a DMI é uma doença silenciosa e muitas vezes, só é percetível pelo doente, depois de envolver o outro olho.

Já a retinopatia diabética é uma outra entidade muito importante no contexto das doenças da retina, sendo a causa mais frequente de cegueira de origem vascular e surge nos doentes diabéticos secundários à lesão dos pequenos vasos da retina.

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"A retinopatia diabética está relacionada com a duração da diabetes e inadequado controle metabólico. Na fase inicial pode ser assintomática. O rastreio oftalmológico assume extrema importância permitindo diagnosticar atempadamente a doença numa fase tratável e com menor morbilidade visual", afirma a especialista.

Uma outra doença retiniana capaz de motivar uma diminuição súbita da acuidade visual é o descolamento de retina.

Rita Flores alerta que "os principais sintomas associados são as fotopsias (visualização de clarões luminosos), miodesopsias (moscas volantes) e amputação de campo visual (visualização de uma cortina escura). Estas queixas devem conduzir a uma observação oftalmológica urgente uma vez que, confirmado o descolamento de retina, poderá haver indicação cirúrgica. A brevidade desta intervenção cirúrgica poderá interferir fortemente no prognóstico visual final".