Perto de 2.400 doentes iniciaram tratamento de substituição renal em 2011, totalizando 17.500 doentes renais crónicos terminais em Portugal, a maioria em hemodiálise, segundo o Registo Nacional de Doença Renal Terminal.

Estes dados, que serão divulgados durante o Encontro Renal de 2012, que decorre entre quarta-feira e sábado, em Vilamoura, revelam que, em 2011, iniciaram tratamento de substituição renal 2.391 novos casos.

Atualmente, existem 17.533 doentes renais crónicos terminais, a maioria em hemodiálise.

Os dados registam “uma diminuição da incidência de novos casos, mas um continuado aumento da prevalência em comparação com os anos precedentes”.

“A diabetes é a principal causa de insuficiência renal crónica no estado mais avançado, e tem maior prevalência na zona norte e nas ilhas”, lê-se no resumo a que a Agência Lusa teve acesso.

Segundo o relatório do Gabinete de Registo do Tratamento da Doença Renal Crónica Terminal, “Portugal continua a ter uma das mais elevadas incidências de doença renal crónica terminal”.

Os dados indicam que “a incidência de doentes em hemodiálise diminuiu, enquanto a de doentes a iniciar diálise peritoneal aumentou”.

A diálise peritoneal registou um crescimento de 26,5 por cento, entre 2007 e 2011, em oposição ao crescimento de 15,18% na modalidade de hemodiálise.

A hemodiálise é o tratamento de substituição renal em 59,3% dos casos, a diálise peritoneal em quatro por cento dos casos e o transplante renal em 36,7% para um universo de 17.553 doentes, no final de 2011.

Para o coordenador nacional do Gabinete do Registo da Doença Renal Terminal da Sociedade Portuguesa de Nefrologia , Fernando Macário, “a implantação da diálise peritoneal em Portugal está a aumentar mas é ainda inferior à média europeia”.

27 de março de 2012

@Lusa