Esta é a conclusão de um estudo económico da Universidade de Aveiro, que alerta para o facto da rede de farmácias correr riscos de desagregação, já que 69% destas micro e pequenas empresas registaram prejuízos.

A Universidade de Aveiro conclui que "a tendência de resultados negativos que se verifica no setor de farmácias, põe em causa o acesso da população ao medicamento e à assistência farmacêutica, um dos pilares fundamentais do nosso SNS e do direito à Saúde Consagrado na constituição da República Portuguesa".

O estudo "Sustentabilidade Da Dispensa De Medicamentos Nas Farmácias Em Portugal" baseia-se nas demonstrações financeiras e volumes de faturação reais de 1.927 farmácias, nos anos 2014 e 2015.

Há um ano, quase um quinto das farmácias em Portugal estava em situação de insolvência ou penhora, segundo a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Para a ANF o atual modelo económico põe em causa a garantia de cobertura farmacêutica do país, já que a crise das farmácias foi responsável pela insolvência e penhoras de 512 farmácias em Portugal (17,5% do total).

Entre dezembro de 2012 e abril de 2015 houve um aumento de 190,2% de insolvências (passou de 61 para 177) e um acréscimo de 88,1% de penhoras (de 180 para 335).

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