18 de outubro de 2013 - 14h53
Os professores responsáveis pelo mestrado integrado em Medicina da Universidade do Algarve demitiram-se em bloco devido à perda de autonomia nas decisões, confirmou hoje à agência Lusa um dos professores.
Os professores tinham agendado para hoje, às 14h00, uma conferência de imprensa nas instalações da universidade, mas a reitoria opôs-se à sua realização. As declarações deverão ser feitas à porta da universidade mas, entretanto, o professor Nuno Marques confirmou a demissão em bloco.
Na convocatória para a conferência de imprensa, os professores indicaram que “acusam o reitor, João Guerreiro, de ter acordado com o diretor do Hospital de Faro, Pedro Nunes, um protocolo que prescinde da autonomia universitária e condiciona a autonomia pedagógica e cientifica da direção do curso”.
Esses condicionamentos ocorrem, segundo o mesmo comunicado, no “processo de seleção dos oradores convidados, colocando em causa a qualidade da formação ministrada aos seus alunos de medicina”.
Em comunicado, o reitor mostrou-se “surpreendido” com a demissão e reiterou o “princípio de autonomia da universidade”, defendendo o “reforço do clima de confiança já existente entre as duas instituições (universidade e hospital)”.
João Guerreiro garantiu que vai “zelar pelo bom nome da universidade do Algarve, e, em particular, do curso de mestrado integrado de medicina”.
O reitor sublinhou ainda que não irá permitir que os “excelentes resultados obtidos até agora sejam postos em causa por elementos da comunidade académica”.
O mestrado integrado foi criado há seis anos.
Lusa