Dirigindo-se aos repórteres no Pentágono, Obama garantiu que o governo dos Estados Unidos está a levar "extremamente a sério" a notícia dos 15 casos de Zika autóctones na Flórida, anunciados no início da semana.

"Como os nossos especialistas em saúde pública têm alertado há algum tempo, estamos a assistir agora aos primeiros casos do vírus Zika transmitidos por mosquitos no território continental dos Estados Unidos", disse Obama. "Isso estava previsto e era previsível", completou.

Em fevereiro, Obama pediu ao Congresso mais 1,9 mil milhões de dólares para combater o Zika, mas encontrou resistência por parte dos legisladores republicanos.

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"Não só o Congresso de maioria republicana não passou o nosso pedido, como trabalhou para cortá-lo. Partiram para férias de verão sem aprovar nenhum fundo para o Zika", lamentou Obama. "Enquanto isso, as pessoas na linha da frente [no combate ao vírus] vão fazendo o que podem. Mas agora o dinheiro que precisamos para lutar contra o Zika está a esgotar-se".

Sem financiamento, advertiu Obama, ensaios clínicos de vacinas correm o risco de ser adiados. "A situação está a ficar crítica", concluiu o presidente. "Portanto, este não é o momento para fazer política".

Na maioria das vezes, a infeção por Zika causa apenas sintomas brandos. A doença passa despercebida em 80% dos casos. No entanto, o vírus é particularmente perigoso para as mulheres grávidas, visto que pode causar danos permanentes no feto, incluindo microcefalia, uma condição na qual o bebé nasce com o crânio e o cérebro menores que a média.

Com AFP